EFEITO DE TÉCNICAS PARA OBTER TOSSE NA DISFAGIA OROFARÍNGEA: revisão de literatura
- FonoClub de Revista
- 28 de mar. de 2019
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REVISTA ELETRÔNICA SAÚDE E CIÊNCIA. V.4, N.02, 2014.
Lopes, Aline Sales; Silva, Líliam Christina Oliveira; Harger, Marília Rabelo Holanda.
Objetivo Geral: Revisar tais técnicas como manobras a serem utilizadas pela fonoaudiologia na disfagia orofaríngea.
Lopes, Silva, Harger, 2014 a partir de um levantamento bibliográfico de artigos (bireme, medline e lilacs) e livros publicados nos últimos 20 anos estudaram os efeitos de técnicas para a obtenção de tosse em pacientes disfágicos. Nesse artigo os autores mencionam duas técnicas específicas: “air stacking” e respiração glossofaríngea(RGF).
A técnica Air Stacking pode ser manual ou mecânica. A forma manual é mais indicada com o uso do ambu e a mecânica com o uso do “cough assist” (em pacientes em ventilação não invasiva). Essa técnica é indicada para pacientes com fraqueza na musculatura respiratória por doenças neuromusculares ou deformidades toráxicas e pacientes com integridade da musculatura laríngea. (Fonseca, 2010).
Possíveis complicações na má utilização dessa técnica:
-barotrauma e volutrauma
-infisema intersticial pulmonar
-pneumotórax
A respiração glossofaríngea consiste na utilização da musculatura de base de língua e faringe. Essa técnica tem como objetivo potencializar a ação da técnica Air Stacking (Paula & Lasmar, 2010).
Para evitar o mau uso das técnicas estimuladoras de tosse, Gauld & Boyton, 2005 afirmaram ser importante a realização de uma triagem por meio do “peak flow”. O “peak Flow” é um aparelho capaz de medir o fluxo de ar expiratório em uma tosse e assim identificar pacientes em risco de aspiração.
Soares, Dias, Jardim, 2001 afirmaram que o aumento da capacidade respiratória provoca melhora no quadro da disfagia já que quando as partículas de alimento alcançam as vias aéreas superiores, o nervo vago por meio do nervo laríngeo superior desencadeia o reflexo de tosse.
CONCLUSÃO:
As manobras facilitadoras de tosse são extremamente importantes para garantir a proteção das vias aéreas inferiores evitando assim infecções respiratórias broncoaspirativas e declínio do quadro clínico geral dos pacientes, entretanto precisam ser realizadas com extremo critério e respeito às limitações de cada paciente.
O FonoClub de Revista acredita que o trabalho interdisciplinar nesses casos é de extrema impotância, principalmente quando o fonoaudiólogo conta com a parceria com a fisioterapia respiratória.

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